Uma empresa privada assumiu alguns serviços do Parque Nacional do Itatiaia, o mais antigo do país, pelos próximos 25 anos. O contrato de concessão foi assinado no último dia 6, na unidade de conservação, na presença do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O investimento previsto é de R$ 17 milhões. Para a cerimônia de assinatura da parceria, o ministro fez a primeira visita oficial à região. Segundo ele, a medida vai aumentar o número de visitantes. “Isso deve trazer um grande potencial, um incremento na visitação. É importante que o Governo Federal apoie, mas também que valorize a criatividade e a força do empreendedor, pra que o setor privado possa trabalhar com mais liberdade”, disse o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

A nova administração busca resgatar a área turística e trazer pousadas e hotéis de volta a localidade, mas sem esquecer da preservação da biodiversidade. "É receber de uma forma mais organizada, mais estruturada, oferecendo melhores serviços aos turistas e melhorando a nossa capacidade de um turismo organizado e preservado", comentou o chefe do Parque Nacional, Gustavo Tomzhinski.

 

O projeto prevê a construção e melhorias de uma série de estruturas do parque. Os principais pontos turísticos devem ficar mais atrativos. O Mirante do Último Adeus, por exemplo, vai receber uma grande passarela no entorno da rocha. Para as cachoeiras, o objetivo é fazer novas passagens e deques.

Outra novidade será a construção de uma nova portaria na parte baixa e novos postos e abrigos na parte alta. Ainda de acordo com o ministro, os valores para ter acesso à reserva não sofrerão alterações. "Será mantido o valor de R$ 17 e o desconto pro pessoal da região, no valor de R$ 3. Isso deve ser mantido pra que haja um equilíbrio para manutenção desses visitantes", disse o ministro.

A empresa tem um período de 24 meses para iniciar as principais mudanças. Além da cobrança da entrada, ela vai ficar responsável pelas vagas de estacionamento, gestão dos visitantes e a criação de pontos de informação.

Para o Conselho Consultivo do Parque, entidade que reúne membros da sociedade civil, a concessão é bem-vinda. A expectativa é que a manutenção das áreas de visitação receba maior atenção, com mais mão de obra.