fev 12 2019 Petrópolis investe em alfabetização Autoria: Redação | Fotos: Divulgação “Eu sou a única analfabeta da minha família. Minha filha que me ajuda com as coisas do dia a dia. Trabalho aqui há cinco anos e com este projeto que estou tendo oportunidade de aprender. Estou começando a ler e escrever agora”, contou, tímida, a catadora de material reciclável, Maria da Penha Alcântara, de 62 anos. Ela é uma dos trabalhadores do Projeto Incubadora de Cooperativas que está sendo alfabetizada em uma iniciativa da Comdep. O objetivo do projeto é capacitar os catadores de materiais recicláveis para que eles possam se fortalecer e se profissionalizar enquanto cooperativas. Os encontros para o apoio de escrita e leitura são ministrados pela coordenadora de educação ambiental da Comdep, Jussara Gatto Justen, duas vezes por semana, no Centro de Reciclagem de Cascatinha. No início do projeto, a coordenadora observou a necessidade de incluir um reforço para leitura e matemática, já que alguns participantes apresentavam muitas dificuldades nestes segmentos. Então, o reforço foi dividido em quatro fases: reforço de leitura e escrita, educação ambiental, contabilidade e organização e funcionamento das cooperativas - jurídico. Atualmente, o Programa Educacional de Consciência Ambiental (Peca) atende a sete pessoas da cooperativa Grupo de Catadores de Materiais Recicláveis Crescer, que dependente de todo material reciclável e apoio administrativo oferecido pela Comdep. “O galpão da Comdep disponibiliza o espaço e o material para essas cooperativas. O projeto incubadora tem a finalidade educacional que visa facilitar a criação de cooperativas de catadores e que estes cidadãos consigam sair da informalidade para trabalhar de forma profissionalizada”, explica o presidente da Comdep, Wagner Silva. O espaço onde acontecem as reuniões está sendo reformado para melhor atender os aprendizes. Emocionada, a coordenadora Jussara Gatto Justen contou a importância do projeto para essas pessoas. “É muito gratificante ver a vontade deles de aprender, a Dona Maria, por exemplo, já reconhecendo as letras e formando palavras. O projeto tem exatamente esse objetivo de fazer com que eles tenham uma capacitação e possam crescer”, contou. A ideia é que após o período das aulas de reforço, as pessoas possam ser encaminhadas para uma unidade de ensino da rede, na Educação de Jovens e Adultos (EJA).